sábado, 16 de abril de 2016

40 dias na Itália!!!


Dei um bom giro pela Itália em 2015. Na verdade, fui fazer minha cidadania italiana, então eu me hospedei inicialmente numa cidade chamada Bassano Del Grappa, ao norte, perto de Veneza. Pensei em alugar um carro, mas acabei fazendo tudo de trem, porque não tinha um roteiro muito fixo.

Meu roteiro pela Itália:

Bassano del Grappa como base: bate e volta em Veneza, Padova, Verona e Cittadella.
Eu indico um dia para cada e, se possível, uns dois dias para Veneza. De Bassano del Grappa, o trem ara Veneza custava 5 euros, vale a pena fazer dois dias de bate e volta, porque a hospedagem em Veneza é relativamente cara. 

Cittadella eu fui porque tive a chance e é muito perto de Bassano. Sua maior atração é uma linda muralha medieval que cerca toda a cidade. É possível caminhar sobre a muralha e dar a volta completa! 

Rimini como base: uma cidade que não aconselho é Rimini (uma cidade feia com uma praia horrivelmente cheia de cadeiras), mas usei como base para pegar um ônibus para San Marino, que é um espetáculo à parte.

Florença como base: a região da Toscana é maravilhosa! Além da própria cidade de Florença, que eu indico entre dois e três dias (os museus são maravilhosos!), também fui à Siena, San Gimignano, Arezzo, Cortona  Orvieto. Um dia para cada uma. Se estiver de carro e tiver pressa, em um dia dá pra conhecer mais de uma. 

Roma como base: a própria cidade é um show! Uns quatro dias em Roma para aproveitar suas atrações. Como eu fiquei mais tempo, aproveitei para conhecer Ostia Antica (uma cidade portuária da Roma antiga em que você pode andar entre as ruínas) e Villa D'este (os maravilhosos jardins de um Cardeal inspirado). Também dá pra ir a Orvieto de Roma. 

Napoli como base: para mim, a cidade mais feia da Itália. Fiquei hospedada perto da estação de trem e parecia que havia caído no meio da cracolândia! Mas valeu porque em Napoli é possível atravessar para a ilha de Capri, que é fabulosa (se puder, fique hospedado lá, na época que eu fui, estava tudo lotado e caríssimo). De Capri, você pode também pegar o barco para Positano, que vale muito a pena também.


Genova como base: uma cidade que me surpreendeu. Bonita e limpa, gostei de ficar hospedada no Best Western, no centro. De lá, fui de trem para a região de Cinque Terre, que corresponde às cinco cidades Monterosso, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore.




Milão como base: na verdade, eu não ia para Milão, mas acabei indo para levar minha mãe ao aeroporto. Então, já que estava lá, aproveitei para passar o final de semana. Conheci a cidade em um dia e fui para Lecco no outro. De Milão, fui de trem para Paris. Detalhe: voltei de Paris para Milão de ônibus, com a Eurolines, bem mais barato, recomendo!

Ainda passei alguns dias em Bassano del Grappa por conta da cidadania. Essa é uma cidade que amo e em que realmente me sinto em casa. Linda, cultural, com um centro histórico charmoso, bons supermercados, sorvete vegano, bons restaurantes e barzinhos, um riozinho lindo com uma ponte antiga e todo o charme do norte da Itália!







domingo, 15 de fevereiro de 2015

Berlim

Desci em Berlim vindo de Munique de trem e, ao me deparar com a capital alemã, entendi o significado da unificação. Parecem realmente países diferentes. 

Berlim é cosmopolita e moderna. Lá tem de tudo, como toda boa cidade grande. Mas não deixa de ser limpa e organizada. O transporte público me confundiu um pouco no começo, mas funciona muito bem.

Fiquei hospedada no St. Christphers e gostei muito. Os quartos são ótimos, o café da manhã é bom e tem um barzinho na parte de baixo.


Os principais pontos turísticos da cidade são: Portão de Brandenburgo, Reichstag, Potsdamer Platz, Gendarmenmarkt, Alexanderplatz, Muro de Berlim, Schloss Charlottenburg.

Muito de Berlim ainda gira em torno do turismo relacionado à Guerra. Para quem gosta, existem opções interessantes além dos pedaços do muro. O Museu da Comunicação de Berlim, por exemplo, reúne um grande acervo de cartas dos soldados escritas durante a Guerra. A cidade possui muitos museus interessantes. Indico esse site com maiores detalhes. 

Acima de tudo, a impressão que tive foi que Berlim é uma cidade legal para ficar um tempo, aproveitar com calma os parques, museus e acontecimentos artísticos e culinários que rolam com frequência. 























Além disso, tem o memorial do Holocausto, que eu preferi não conhecer. Esse clima de Segunda Guerra, a meu ver, ainda é forte por lá e, por mais que tenhamos que utilizar a memória de forma construtiva, evitando os erros do passado, eu particularmente acho essa parte da história muito triste e prefiro evitar ir a estes lugares. 

Também dá pra fazer boas compras em Berlim. Uma das dicas é a loja Primark (tem uma perto da Alexanderplatz). Comprei algumas blusinhas de verão bem fresquinhas que usei na própria viagem.

É claro que Berlim não se resume aos pontos turísticos acima. É uma cidade que oferece opções de programas culturais, bons restaurantes e parques maravilhosos. 

Confira aqui todas as atrações de Berlim em ordem alfabética. 




Arraial D'ajuda

Desembarquei em Porto Seguro por volta da uma e meia da madrugada. Peguei um táxi no aeroporto, que me levou até o hostel, incluindo uma balsa no meio. Cheguei ao hostel com aquela curiosidade de sempre: como seria? Não deu pra ver muito, afinal, era tarde. Troquei de roupa e corri pra cama.


No dia seguinte, acordei com chuva. "Sério?". Resolvi sair de baixo de chuva mesmo, para fotografar absolutamente TUDO que eu gostasse. Ainda era cedo, tudo fechado. Só uma doida fotografando na chuva...














Logo que conheci a cidade, percebi que Arraial é um desses lugares onde você pode realmente descansar. É pequena, charmosa, com suas ruas estreitas cheias de lojinhas, artesanato criativo, restaurantes e cafés. Na praça central, há um pequeno mercado com boas opções de preços para quem quer cozinhar.

































A igrejinha histórica guarda em sua parte de trás uma linda vista para praia, ornada por um alpendre com milhares de fitas do Senhor do Bonfim.
















Caminhei pelas ruas, comprei presentes e tomei um bom café. Fiz amizade com o pessoal do hostel e, como a chuva persistiu pelos quatro dias que fiquei lá, bebemos e conversamos.

 À noite, na mesma praça central, íamos ao Raízes do Arraial, que tocava samba ou forró, só gente local, sem a turistada e com cerveja barata, Muito bom!

Fizemos uma trilha saindo da praia e encontramos uma cachoeira. Depois, tomamos banho de lama rosa. Banho de luz, banho de lama, banho de chuva, banho de mar...BANHO DE VIDA!













Ahhh Arraial, eu vou voltar pra ver o sol...


obs: De Arraial é possível ir ao centro histórico de Porto Seguro. É só voltar para a Balsa, há transporte público. É possível conhecer Cabrália, onde a primeira missa foi rezada no Brasil. Também há transporte para Trancoso, que é próximo. 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Munique

Munique é uma cidade linda! Acho que tem muito mais a "cara" da Alemanha (ah, as imagens estereotipadas...) do que Berlim, tão cosmopolita...

É uma daquelas cidades deliciosas para caminhar, parar para comer um doce, tomar uma cerveja, depois continuar andando. Quando cansar, pare num parque, deite-se na grama, arregace as calças, tire os sapatos e durma um pouco!

Usar o metrô em Munique também é bem fácil! Ficamos hospedados no Hostel 4you, bem próximo da estação de trem. Foi o melhor café da manhã da viagem!

Sugiro que você comece pela Odeonplatz, onde você encontra a Residenz, um dos palácios dos monarcas da Baviera. 




Depois, vá caminhando até Marienplatz. 



Em Marienplatz, praça central da cidade, onde você encontra a Neues Rathaus, a Câmara Municipal em estilo gótico, linda! 


Também estão próximas a Frauenkirche (Igreja Nossa Senhora) e a Igreja de São Peter

Nas redondezas, deliciosas docerias, com tortas maravilhosas, e o Viktualienmarkt, com aquelas mesas onde todos se reúnem para tomar uma cerveja, cercada por barracas que vendem todo tipo de comidas, inclusive as típicas.


No English Garten, um grande parque urbano, você pode parar para tomar mais uma cerveja, um sol e até molhar as pernas no rio de águas meio acinzentadas (eles adoram, vai entender)...


Não deixe de conhecer o Schloss Nynphenburg, um dos palácios dos príncipes da Baviera, os jardins são lindos, os patinhos comem nas mãos dos turistas, delicioso!


Munique pode ter seus pontos turísticos conhecidos em dois dias inteiros. De lá, também é possível visitar o Castelo de Neuschwantain em um dia.

Não deixe de conhecer os supermercados, que têm frutas lindas, cervejas baratíssimas e chocolates maravilhosos!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Trem na Europa: caindo na real

A maioria das pessoas que nunca usou o trem como transporte na Europa tem aquela imagem de glamour, uma coisa meio Expresso do Oriente (que, aliás, existe e é caríssimo!). 

Eu vou relatar aqui algumas experiências que tive e falar a real sobre os trens na Europa...

As perguntas que todo mundo faz:

Paisagem vista do trem

Vale a pena?

R: Vale a pena, mas alguns comentários são necessários. Se o trecho é curto, até umas 3 horas, é uma boa. Se a sua bagagem não se enquadra nas especificações das cias áreas low cost (leves e pequenas), pode ser uma opção, mas em viagens longas está longe de ser o ideal (vou falar sobre isso mais adiante). Também é uma boa opção em viagens de bate e volta.

É mais barato?

R: não necessariamente. Pode sair mais caro do que os voos low cost. 


Vale a pena comprar com antecedência?

R: Essa era a minha maior dúvida. Acho que vale a pena, sim, comprar aqui do Brasil. Várias empresas vendem online. Cuidado com os "pega-turistas" da Raileurope, procure diretamente a cia de trem do país.
Dá uma olhada nas postagens do Ricardo Freire. Eu consegui comprar pela Bahn e foi tranquilo. Tive problemas com a Raileurope e a SNFC. Os cartões de crédito brasileiros são problemáticos, também. 


Trens Noturnos: cuidado! 

Sabe aquela cena bizarra do filme Eurotrip, que eles pegam um trem com um cara muito esquisito, rsrs, lembrei muito disso. Não tive problemas com os companheiros de cabine e estava com mais três amigos, mas eu não duvido, não. No trecho Paris - Munique a funcionária da Bahn foi categórica ao avisar para não desgrudarmos dos cartões de crédito, dinheiro e passaporte. Claro que isso vale em toda viagem, mas confesso que fiquei meio assustada com isso ali, no "primeiro mundo".

Os trens noturnos não são confortáveis, só, talvez, se você comprar o leito, que é beeem mais caro. Do contrário, você vai dormir sentado a noite toda. O ar condicionado no verão pode ser bem ruim e o trem fica abafado. Além disso, os trens param o tempo todo e fazem muitas manobras, se você tem sono leve, prepare-se para não dormir.

É apertado, desconfortável, barulhento. Vão passar no meio da noite para pegar sua passagem e o passaporte. 

O lugar para colocar a bagagem é bem limitado e, se estiver sozinho(a), pode ser difícil levantá-la acima da sua cabeça. 

Você pode dar o azar de pegar um pessoal bêbado e barulhento, como aconteceu mais de uma vez comigo ou, ainda, uma família que vai abrir um chulé enlatado (até hoje não sei que tipo de comida era aquela, mas pense num chulé bem curtido) e acabar com sua noite. Os europeus fazem a maior farofa nos trens, é normal. Melhor levar alguma coisa, porque a comida é cara. 

Os banheiros são nojentos.

Os tempos de conexão são curtos. Se estiver com bagagem pesada, você pode perder o segundo trem.

Cuidado para não perder o trem ou descer no lugar errado: nem todas as estações você encontra as informações facilmente. Se for descer em locais menores, é bom perguntar, nem que seja para outros passageiros.

Na hora de comprar a passagem, certifique-se de que está comprando o trecho completo e a reserva de assentos. Em Praga, a atendente vendeu apenas a reserva dos assentos. Achamos barato, mas éramos inexperientes. Conclusão: tivemos que pagar dentro do trem (pelo menos não nos jogaram pra fora, rsrs), ficou todo  mundo olhando e foi bem constrangedor.

Cuidado nas estações de trem: roubaram a carteira da esposa do meu amigo na Áustria! Pois é, muita gente de todos os lugares do mundo circula nesses lugares...

Enfim, uma coisa eu já decidi: para trajetos longos, melhor ir de avião.




domingo, 31 de agosto de 2014

Comida em Paris

Muitos dizem que se come mal em Paris, eu acho que depende do que você gosta e do quanto quer pagar. Abaixo, seguem dicas da minha experiência.

Ao contrário do que eu esperava, não encontrei padarias por lá, não como as nossas. Havia as boulangeries e patisseries, mas parecem mais docerias e têm menos opções. Não deixei de comer as baguetes deliciosas e crocantes (assistiu Ratatoille?). Em muitos cafés você consegue encontrar. 




O café da manhã não sai barato, entre 7 e 10 euros. Uma boa opção são os Pomme de pain, uma franquia que existe por toda a cidade, que oferece combinados de bebida quente (café, café com leite, chá) e dois salgados ou folhados à sua escolha (o croissant é uma delícia). 

Não sou fã de comida francesa, inclusive porque sou vegetariana, mas se você não é, acho muito válido comer o que cada país oferece de mais típico. Experimente ao menos as baguetes, croissants, macarrons e eclairs. 

"Comprinha" no mercado

Os mercados pela cidade oferecem a possibilidade de comer bem e barato. Há pães já fatiados, queijos deliciosos já em fatias, cervejas de todos os cantos do mundo, chocolates e biscoitos que são uma perdição. Você encontra saladas prontas para serem abertas e devoradas. Ainda há sanduíches naturais deliciosos (muito melhores do que os nossos). 

Precisa legenda? 

Caso você não queira comer comida francesa, há restaurantes de culinária de outras partes do mundo. É fácil encontrar os árabes, mas também culinária oriental de maneira geral, grega, italiana, e, ouvi falar, até brasileira. 

Prato árabe vegetariano + cerveja árabe: 16 euros

Os preços variam, os pratos com carne são mais caros. Um prato de massa individual pode ser encontrado por 8 euros, embora o mais normal seja entre 11 e 13 euros. Existem matérias em sites especializados sobre restaurantes onde se come por 5 euros mas, sinceramente, planejar as atrações já é difícil, combinar com um restaurante, então...pra mim parece quase impossível, a não ser que você tenha bastante tempo.

Também existe comida ruim. Não é porque é Paris, que tudo é excelente. Há restaurantes e restaurantes e o único jeito de saber é pagando pra ver. 

Se você gosta de doces, não deixe de experimentar, são deliciosos. Os sorvetes (chamados glaces) costumam ser muito bons.
Sorvete em Montmartre

A cerveja e o vinho (em taça) costumam ser mais baratos do que refrigerantes em restaurantes, aliás, em toda Europa o refrigerante é um roubo. Aproveite para diminuir esse hábito ruim.

Paris é uma cidade cara, mas comer faz parte do reconhecimento do lugar e da experiência de viajar. Não deixe de desfrutar de uma boa refeição e não tenha medo de experimentar. 


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Roteiro de 5 dias em Paris

Segue um roteiro básico de 5 dias em Paris para conhecer o essencial:

DIA 1


TORRE EIFFEL
ARCO DO TRIUNFO
CHAMPS ELISEÉ

DIA 2

PANTHEON
JARDIM DE LUXEMBURGO
CATEDRAL NOTRE-DAME
SAINT CHAPPEL
QUARTIER LATIN 

DIA 3

PALÁCIO DE VERSAILLES

DIA 4

JARDIM DE MONET
SACRE CEUR
MOULIN ROUGE E PASSEIO POR MONTMARTRE

DIA 5

LOUVRE


Se tiver mais um tempinho, ou não quiser ir ao Louvre, as opções abaixo são na mesma região:

Hotel de Ville
Ópera Garnier
Passeio do Marais (uma região cheia de restaurantes, deliciosa para almoçar). 



Outras opções de passeio são:

Museu D'orsay
Museu Rodin
Invalides (onde fica o túmulo de Napoleão)
Cemitério Pére Lachaise (onde estão enterradas diversas personalidades, como Jim Morrison, Monet, Oscar Wilde, Chopin, etc.).